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16 de nov. de 2011

SWU 2011: Um balanço geral do evento que reuniu 179 mil pessoas

 
Fonte original desta resenha : Rock News



O SWU Music and Arts Festival 2011 reuniu 179 mil pessoas para assistir a 73 atrações entre os dias 12, 13 e 14 de novembro na cidade de Paulínia, interior paulista.

Embora menos badalado e menos comentado que os shows pela imprensa e pelo público, o II Fórum Global de Sustentabilidade foi bem sucedido. O evento reuniu 29 palestrantes nos três dias do evento com transmissão ao vivo pela SWU TV e foi visto por mais de 1,5 milhão de pessoas. Cerca de 3 mil pessoas compareceram às palestras no local, o Theatro Municipal de Paulínia.

O saldo, apesar de alguns problemas, foi positivo. Comparada à edição anterior, a atual foi um sucesso. Abaixo relacionamos alguns tópicos dignos de nota:

Chuva
 A chuva judiou o público nos dois últimos dias do SWU. Parte do Parque Brasil 500 é asfaltada - como a arena entre os dois palcos principais - mas parte é gramada e virou um lamaçal. Especialmente na segunda-feira, quando a chuva foi mais prolongada.

Curiosamente, a organização do evento, em entrevista coletiva na noite de segunda, afirmou que não havia lama no festival. Que o digam aqueles que voltaram para casa com lama até os joelhos depois de assistirem aos shows no palco New Stage, cuja pista era um espaço gramado.
 
A chuva também provocou atrasos nas apresentações de um dos palcos, o que resultou na briga entre técnicos do Ultraje a Rigor e Peter Gabriel. A chuva só foi boa mesmo para os ambulantes que vendiam a R$ 10,00 cada capa de chuva.

Cancelamento do Modest Mouse

O Modest Mouse cancelou a apresentação no festival em cima da hora. O motivo foi o atraso no transporte do equipamento da banda, o que impediu que o show fosse realizado como previsto. Alguns fãs, se sentindo lesados, foram até a bilheteria do evento para exigir o reembolso do valor pago pelo ingresso.

Depois de alguma confusão, a organização do evento prometeu o reembolso. Mas o prejuízo com transporte, estacionamento e outros ficará para o público.

Segurança e saúde

As ocorrências registradas durante o festival foram pequenas, comparadas à quantidade de pessoas presentes no festival. Foram 78 ocorrências no primeiro dia, 50 no segundo e apenas 12 no último. A maioria das ocorrências foram furtos.

No primeiro dia foram feitas sete detenções, de acordo com a organização do evento. Com os indivíduos detidos foram apreendidos 38 celulares.

Segundo a produção do festival, não foram apreendidas drogas no SWU. Provavelmente as pessoas que portavam substâncias ilícitas - e as usaram sem cerimônia nenhuma, especialmente no sábado - as devem ter consumido antes de qualquer abordagem. Nos segundo e terceiro dias do evento a revista foi reforçada na entrada do festival.

Os atendimentos médicos também foram diminuindo do primeiro ao último dia do festival. O primeiro dia do festival registrou 600 atendimentos médicos, nenhum deles grave. No segundo dia foram 192 atendimentos e no terceiro, somente 120.

A diminuição possivelmente está ligada às temperaturas, que no sábado, primeiro dia, atingiram os 30º, quando os sintomas mais comuns das pessoas atendidas foram cefaléia, mal estar e náusea - o calor intenso, o sol e o mormaço estavam propícios para insolação e desidratação.

Lixo e banheiros

Depois de um primeiro dia vergonhoso para o eco-festival, com lixo se amontoando por todos os cantos, a organização do festival reforçou a coleta nos dias seguintes. Mas os cestos/latas de lixo continuaram não sendo suficientes. De acordo com a produção do SWU, a expectativa é de reclicar 100% do lixo recolhido na arena do festival.

Os banheiros químicos instalados no Parque Brasil 500 não registraram filas grandes. Mas a limpeza dos banheiros deixou a desejar e no final do dia era difícil usá-los.

Alimentação

Parabéns à organização do festival no quesito alimentação. Ainda que os preços não estivessem baixos, era possível se alimentar bem com valores razoáveis. As praças de alimentação eram grandes, com vários caixas e não houve filas para a compra dos tíquetes - com exceção do último dia que, por causa do público maior, deixou algumas pessoas esperando em torno de 15 minutos para comprar algo para comer.

Como tudo tem um porém, fica a crítica para a falta de bebedouros de água para o público.

Público porco

Para reunir 179 mil pessoas com conforte e segurança é preciso muito planejamento e trabalho. Mas o público também precisa colaborar. No caso do lixo, não é possível culpar o público por jogar latas, copos e restos no chão, uma vez que, como dito, não havia latas de lixo em número suficiente nem em todos os locais.

Mas o público, especialmente o público masculino, se comportou mal na segunda edição do SWU. Mesmo com os diversos banheiros espalhados pelo Parque Brasil 500 - sem filas, vale ressaltar - marmanjos preferiam urinar nos cantos e nas placas que serviam de paredes para os banheiros - do lado externo, portanto no meio do público. Na hora da chuva, alguns porcões perderam a vergonha de vez e urinavam no meio do caminho mesmo, quase no pé de quem passava ao lado. Ponto negativo para estes.

Houve algumas brigas e o excesso de álcool costuma ser responsável por isso. Mesmo assim, as ocorrências foram pequenas se comparadas ao tamanho do evento e ao número de pessoas presentes no festival. 

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